Tudo iniciou em um jogo de futebol, onde com 18 anos, Pedro conheceu Juraci, a jovem com quem iria se casar. Pelas palavras de seu Pedro, “Era naquela época em que as pessoas enchiam um caminhão e iam para os jogos, e foi em um desses que eu a conheci, lá na Gorreti. Olhei para ela e sorri, e assim foi”, em meio aos risos seu Pedro demonstra o amor e o respeito pela esposa. Dona Juraci tinha 16 anos, com palavras tímidas ela reitera a história de Pedro.
Em 16 de agosto de 1978 eles se casaram e iniciaram a vida na propriedade dos pais de Pedro, na comunidade Caravaggio em Palmitos, SC. Com o tempo, os filhos foram chegando, Elisandro, Elisiane e Edivan e conforme tinham idade auxiliavam nas tarefas diárias. Como conta seu Pedro, no início eles trabalhavam com cereais, milho e feijão e a bovinocultura de leite. Pedro relata que a escolha pela avicultura aconteceu devido ao exemplo das propriedades vizinhas, que se mostravam rentáveis com a atividade.
Ele afirma que devido à falta de estudo, procurava estar inserido nas entidades da comunidade, como igreja, cooperativa e sindicatos. O que trouxe a oportunidade de conhecer a sucessão familiar de perto. “Uma vez fui convidado a participar de um evento em Ronda Alta, RS, lá eu fiquei em uma casa onde havia três casais vivendo e trabalhando juntos.
Que nos mostrava muita organização e diálogo entre eles. Esse foi um grande exemplo de trabalho em equipe.”
Elisandro o filho mais velho, criou gosto pelo trabalho na agricultura e decidiu ficar na propriedade e seguir os passos do pai, já Elisiane seguiu o caminho do ensino e hoje é professora, Edivan o mais novo estudou no colégio agrícola e depois voltou para a propriedade. O tempo passou e os filhos se casaram, Elisandro casou-se com Carine Piccoli em 2001, a filha do casal Alessandra, que está finalizando o Ensino Médio e irá cursar agronomia. “Eu vejo o tanto que meus pais e família toda trabalham, quero continuar isso, não penso em deixar a propriedade.” A família fica mais à frente da bovinocultura de leite, que hoje produz em média 33 mil litros por mês.
Edivan é casado com Elisangela Gaiardo e possui uma filha, Ester, o casal é responsável pelos aviários e pelos grãos. “Continuamos nessas três atividades porque gostamos de trabalhar com elas, mas também são rentáveis. Não podemos ficar em algo que não há retorno”, afirma Edivan.
“Se a cooperativa não existisse acredito que haveria muito mais desafios, passei aos meus filhos a importância que isso tem. A transparência que a Cooper A1 tem com a nossa família, existe aqui entre nós para que a propriedade consiga crescer”, declara Pedro. A propriedade tem o selo de certificação, o Programa Propriedade Rural Sustentável Aurora (PRSA), que é composto por critérios de avaliação nos aspectos ambientais, sociais e econômicos.